O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) abriu sindicância para apurar as circustâncias da morte do comerciário Hélio Pessoa Gongalves Pinheiro Filho, 43 anos, que faleceu no último dia 17 de julho, ao procurar atendimento no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape). “Levamos Hélio para o Procape onde os médicos prestaram o melhor atendimento possível.

Mas ele precisava fazer um cateterismo e o hospital não dispunha do serviço naquele momento.

Vi o desespero do chefe do plantão", conta o cunhado, também comerciário, Julio Cezar Xavier, 47 anos. “Tentamos transferi-lo para outra unidade chamando uma ambulância do Samu e não obtivemos êxito.

Meu cunhado morreu por negligência do Estado de Pernambuco”, acusa.

Segundo o médico-corregedor do Cremepe, Luiz Domingues, serão ouvidos os parentes e os profissionais que prestaram atendimento ao paciente. “Não adianta o médico voltar ao trabalho se não tem condições de atender”, reclama o comerciário Júlio Cezar Xavier.

O caso tem potencial para se transformar em mais um episódio na briga das entidades médicas com o Estado.