O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Mário Lins, disse ao Blog que foi suspensa a circulação dos seis “outdoors ambulantes” com mensagens da entidade contra o governo do Estado.

Mais cedo, mostramos que o sindicato pintou as laterais de 6 caminhões-baús com as seguintes frases: “É.

A esperança foi embora.

Se não houver dignidade salarial, nós vamos também”.

Uma paródia com a campanha de Eduardo em 2006 (veja aqui).

Mário Lins confirmou que o comboio chegou a circular nesta sexta (27) e também ontem (26), seguindo um percurso que passava pelas avenidas Agamenon Magalhães, Domingos Ferreira, Boa Viagem, Cais José Estelita, Rua da Aurora e Avenida Norte.

Admite que os caminhões tenham passado até na frente do Palácio das Princesas.

Ele acredita, no entanto, que houve um desencontro de informações. “Os roteiros tinham sido traçados previamente e a pessoa encarregada da ação não sabia que estávamos retomando o diálogo com o governo.

Não foi uma provocação”, contou.

O presidente do Simepe lembrou, ainda, que os caminhões foram uma alternativa aos 20 outdoors que o sindicato pretendia colar no Recife e que acabaram não saindo.

Isso porque a empresa escolhida para veicular os cartazes desistiu da empreitada na última hora.

Motivo: receio pela reação do Estado. 24 HORAS Quanto à proposta apresentada nesta sexta pelo governo, Mário Lins avaliou como distante das expectativas da categoria.

Além do aumento da gratificação de plantão de R$ 600 para R$ 1.150,00, que já estava posta na mesa de negociação, também se ofereceu um reajuste de 7% sobre o salário-base.

Na reunião, o Simepe entregou uma contraproposta que está sendo estudada. “Estamos à disposição do governo 24 horas por dia para construir uma proposta concreta que possa ser levada à assembléia da categoria na próxima terça”, disse Mário Lins.

Ele espera se reunir ainda este fim de semana com o secretário Paulo Câmara e o deputado Silvio Costa Filho (PMN).

Este último representando a Assembléia Legislativa no papel de mediar o impasse.

Mas fica a advertência.

Se não houver acordo, os caminhões voltarão às ruas.