Da Editoria de Economia do Jornal do Commercio O governo do Estado resolveu acatar a recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e suspender os pregões para locação de carros.
Um deles seria realizado ontem (quinta, 26) e o outro na próxima segunda-feira (30).
A Secretaria de Administração vai avaliar as recomendações do tribunal para analisar a possibilidade de mudança nos editais.
Em nota oficial, a secretaria informou que a licitação para a Casa Militar é para a contratação de 115 veículos.
Apenas um deles é de luxo e blindado para ser usado pelo corpo diplomático e demais autoridades.
Caso seja necessário, o governo ainda prevê a contratação de um veículo semelhante para ser usado por autoridades que visitem Pernambuco ou pelo governador nos Estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e em Brasília.
O valor total da licitação R$ 3.576.000.
O outro edital, segundo o governo, seria para contratar uma locadora que tivesse condições de fornecer até 1.187 carros à medida que os órgãos do Estado necessitassem.
O valor do contrato é de R$ 22.953.600,00 ao ano.
Do total de veículos, “832 são carros 1.0, 296 são 1.6, 42 são tipo Kombi e 17 são tipo van”, informa a nota da secretaria.
A secretaria diz ainda que o sistema de locação foi escolhido com base em um estudo realizado pela atual gestão.
O TCE nega ter recebido o estudo de viabilidade econômica.
O governo calcula que locar os veículos ao invés de manter uma frota própria gera uma economia anual de cerca de R$ 1,8 milhão aos cofres públicos.
A recomendação de suspender os pregões foi decidida pelos conselheiros Teresa Duere, Alda Magalhães (em exercício), Valdecir Pascoal, Romário Dias e Marcos Loreto.
Este último foi indicado para o tribunal pelo próprio governador Eduardo Campos.
Eles acompanharam o voto do relator e conselheiro substituto Carlos Pimentel.
CEARÁ No Ceará, um episódio semelhante causou polêmica.
O jornal O Povo vem noticiando, há alguns meses, as irregularidades encontradas no Programa Ronda do Quarteirão do governo do Estado.
O programa, no valor total de R$ 44 milhões, tem o objetivo de melhorar a segurança através do treinamento de policiais, da reforma de várias delegacias e da compra de viaturas, entre outras coisas.
A maior parte do dinheiro, R$ 30 milhões, seria destinada à compra de viaturas.
O governo exigia um carro com câmbio automático e tração 4x4.
O jornal O Povo informou que o veículo descrito seria a Hilux SW4 da montadora japonesa Toyota.
Os modelos custam a partir de R$ 147 mil.
O Povo informa ainda que as primeiras 20 viaturas, previstas para serem entregues no próximo dia 6 de agosto, já viriam equipadas com coletes à prova de balas.
A informação desagradou às empresas de coletes que são autorizadas a fabricar e comercializar o produto pelo Exército.
A Toyota, uma montadora de veículos, naturalmente, não tem essa autorização.