O coordenador de Projetos Sociais do Conselho Regional de Medicina (Cremepe), Ricardo Paiva, disse agora há pouco na reunião da Comissão de Cidadania da Assembléia Legislativa, que os médicos do Estado “não vão se curvar ao autoritarismo e arbitrariedade”, numa referência direta à atuação do governo do Estado, que entrou com ação contra os demissionários e questiona sua responsabilidade criminal por omissão de socorro. “Ninguém volta ao trabalho por coação.
Se agredidos, reagiremos à altura”, afirmou Paiva.
Ele entregou à presidente da comissão, a deputada Terezinha Nunes (PSDB), uma lista de reivindicações que inclui remuneração digna, garantia de medicamntos e leitos nas unidades hospitalares do Estado, melhoria dos hospitais regionais (o que desafogaria a capital), além da contratação de médicos e outros profissionais para a área de saúde, como enfermeiros e auxiliares.
Terezinha Nunes tenta marcar, ainda para a tarde desta quinta (26), audiência com o secretário de Saúde, Jorge Gomes. “Há uma radicalização dos dois lados”, afirmou a parlamentar. “Os dois têm que ceder porque o povo é que está sofrendo nas emergências”.
Ela lembrou que, historicamente, a Assembléia Legislativa atua como mediadora nos conflitos entre governo e servidores.
Assim, pretende afastar possíveis reações do governo a sua tentativa de intermediar o impasse.
Terezinha é considerada a parlamentar mais combativa da oposição e está totalmente alinhada com o senador Jarbas Vasconcelos, desafeto do governador Eduardo Campos.