O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) manteve a decisão da ilegalidade da greve dos professores do Estado.
O resultado ao recurso do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe) pedindo a suspensão da liminar saiu nesta quarta-feira (25) à tarde.
Assim, o órgão fica obrigado a pagar uma multa diária de R$ 10 mil e o prazo conta desde a última segunda-feira (23).
A greve dos professores da rede estadual, que hoje completa 45 dias, foi considerada ilegal pela Justiça no dia 6 de julho.
O juiz da 3ª Vara da Fazenda Estadual, Luiz Gomes da Rocha Neto, determinou aos servidores da educação o retorno imediato ao trabalho.
O Sintepe, no entanto, só foi notificado no último dia 19 e, no dia seguinte, entrou com agravo de instrumento, cuja decisão foi anunciada hoje.
O diretor jurídico do Sintepe, Carlos Vasconcelos, afirmou que vai contestar a decisão no Tribunal Superior Federal.
Os cerca de 30 mil trabalhadores em educação da rede estadual iniciaram a paralisação no dia 11 de junho.
Quase um milhão de alunos da rede estão sem aula desde então.
REIVINDICAÇÃO Os docentes reivindicam aumento salarial de 16%, a equiparação do salário-base ao salário mínimo (R$ 380), a criação de um padrão mínimo de qualidade para as escolas, a realização de concurso público para contratação de administrativos e a convocação dos docentes aprovados no último concurso.
NEGOCIAÇÃO Após reunião na tarde desta quarta (25) na Secretaria de Administração, na área central do Recife, o Sintepe decidiu aguardar para esta quinta-feira (26) uma nova posição do governo sobre a greve dos professores do Estado.
Uma nova reunião com o governo foi marcada para às 14h desta sexta-feira (27), na quadra do Complexo IEP.
No mesmo dia ocorrerá a assembléia geral dos servidores. (Informações do JC Online)