O PT e movimentos sociais ligados ao partido promoverão atos de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua visita, nesta quinta (26) e na sexta-feira (27), a quatro capitais do Nordeste, região onde mantém altos índices de popularidade.
Será o primeiro roteiro de viagem no País a ser cumprido pelo presidente após as vaias que recebeu na abertura dos Jogos Pan-Americanos, no Rio, e do acidente com o Airbus da TAM, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Lula visitará capitais de dois Estados administrados pelo PT – Sergipe e Piauí, um comandado pelo aliado PSB – Rio Grande do Norte – e outro por um integrante da ala moderada do PSDB – a Paraíba.
Nesses locais, onde serão assinados convênios de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os petistas pretendem realizar atos que demonstrem apoio popular ao presidente, mas que não pareçam com uma festa em um período de luto pelo acidente. “Nós convocamos a militância, mas a nossa demonstração de apoio ao governo Lula será sóbria, sem festa”, disse o secretário de organização do PT do Rio Grande do Norte, Tárcio Fontenele.
Natal será a terceira capital por onde Lula passará.
Faixas estão sendo confeccionadas, mas a orientação é que as mensagens se restrinjam às obras anunciadas, sem menções à crise aérea ou às vaias.
Uma carreata poderá ocorrer em Teresina (PI), última cidade a ser visitada.
Em João Pessoa (PB), segunda capital a receber Lula, um petista chegou a anunciar uma grande mobilização. “Se no Rio ele (Lula) levou vaia, aqui vai receber medalha de ouro em carinho”, afirmou o secretário de organização do partido no Estado, Jackson Macedo.
Porém, quatro horas depois, ele anunciou que não haveria mais a carreata prevista nem a mobilização popular. “Será uma cerimônia fechada, restrita a 500 pessoas”, disse.
Em Aracaju (SE), primeira cidade no roteiro, o presidente Lula assinará convênios do PAC no Centro de Convenções. “O público poderá chegar a cinco mil pessoas”, disse o presidente estadual do PT, Márcio Macedo.
De acordo com ele, nada especial foi programado. “O PT não precisa mostrar que apóia o presidente, porque sempre o apoiou”, afirmou.