A fome do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), é pela Presidência da República.
Ele não se abalou da capital paulista - que vive tão de perto o drama do desastre de Congonhas - até aqui à toa.
Serra já começou sua caminhada rumo a 2010.
De novo quer o lugar de Lula.
Isso ficou claro na homenagem ao senador Sérgio Guerra (PSDB), nesta quarta-feira (25) no Recife.
O evento se transformou em palanque, embora Serra tenha passado pouco mais de três horas na cidade Guerra lançou José Serra presidente e este, por sua vez, anunciou que o colega pernambucano vai assumir a presidência nacional do PSDB, este ano, no lugar do cearense Tasso Jereissati.
Dessa forma, Guerra está fora, em tese, da disputa pela Prefeitura do Recife em 2008.
E cai onde?
Em 2010, quando tentará reeleger-se senador.
Mas, voltando ao palanque…
O senador pernambucano fez uma ode ao governador de São Paulo.
Guerra, que foi o coordenador da campanha presidencial de Geraldo Alckmin em 2006, sabe que vai precisar reunir muitos esforços para dar uma roupagem “popular” a José Serra.
Pois Sérgio Guerra começou o trabalho de convencimento pelo Recife.
Veja trechos do discurso: “O Brasil todo sabe que José Serra não é homem de muitas palavras, não produz a ilusão nem frequenta o ambiente daqueles que gostam das promessas.
Mas, seguramente, constrói, faz.
Dá ao país resultado pela sua vida pública, honra os compromissos assumidos.
Não compromissos individuais com quem quer que seja, mas com a mudança verdadeira no Brasil”. “O ministro que fez as mudanças, o ministro da verdadeira esquerda, da transformação, que enfrentou obstáculos e oligarquias, foi José Serra e será por muitos anos.
Não cedeu, não agrada às oligarquias nem aos poderosos”. “Por muitos anos, seus adversários produziram intrigas que eu gostaria de mais uma vez desfazer, de que José Serra não tinha a compreensão para o Nordeste.
Nesses meus 20 ou 30 anos de vida pública, não conheço nenhum político brasileiro que tenha como Serra a visão do que é preciso fazer aqui, pelo povo e não pelas oligarquias.
Fazer o discurso construtivo, porque já venceu há muito tempo essa guerra como se São Paulo tivesse um problema com o Nordeste.
Temos que superar anacronismos, ghente que fala uma coisa e faz outra, que promete uma coisa e não cumpre, que faz um discurso na oposição, mas no governo fazer o contrário”. “Um abraço muito grande a José Serra, grande líder brasileiro, que vai mudar esse país”.