Por Joana Rozowykwiat Da Editoria de Política do Jornal do Commercio O PSDB, que antes não estava priorizando a hipótese de ter candidatura própria no Recife, dá sinais de que poderá rever sua estratégia.
Principal liderança do partido no Estado, o senador Sérgio Guerra mudou o tom do discurso e agora afirma que a legenda tucana “tentará” ter um nome para a disputa no município.
Segundo ele, o “esforço” é decorrente de uma orientação nacional da legenda de concorrer a prefeituras nas 250 maiores cidades do País, inclusive no Recife.
O senador tucano, contudo, não fechou questão. ”O PSDB decidiu lançar candidaturas nessas cidades, que representam 50% do eleitorado do País e são difusoras de opinião (possuem emissoras de rádio e televisão e guia eleitoral).
Recife está nesse bojo.
Também resolveu que, se em um desses municípios (o partido) não quiser concorrer, terá que explicar-se na comissão executiva nacional, que decidirá o encaminhamento”, contou o senador.
Há menos de um mês, Guerra havia dito, em entrevista ao JC, que a prioridade do partido era crescer no interior e formar uma chapa forte de vereadores na capital.
Agora, apesar de ressaltar qua ainda observa o cenário e as postulações já colocadas pelos demais partidos da oposição, ele explicou que também trabalha com a possibilidade de lançar candidatura própria. “O PSDB tem uma ligação com o PPS, por exemplo, mas não há definição de apoiar ninguém.
Nossa intenção é tentar lançar candidato no Recife.
Até porque os outros partidos também tomaram posição semelhante.
Mas vamos entrar nisso com responsabilidade.
Vamos ver quem se coloca bem (entre os prefeituráveis da oposição) e observar”.
Nos bastidores, o que se comenta é que, candidato à presidência nacional do PSDB, seria complicado para o senador não seguir a orientação da executiva da legenda.
Nesse sentido, o tucano tentaria estimular o lançamento de algum nome no Recife, até para fortalecer a chapa proporcional do partido.
Questionado sobre os prefeituráveis do PSDB, Guerra - que seria o candidato natural - afirmou: “Não posso ser presidente do PSDB e disputar a eleição”.
Ele não quis, contudo, descartar uma postulação sua à PCR, já que não deu como certa a sua eleição para o comando da sigla. “Ainda falta muito tempo”, ponderou.
Em seguida, citou como possíveis postulantes da legenda os deputados estaduais Pedro Eurico e Terezinha Nunes, além dos federais Bruno Rodrigues e Bruno Araújo.
Eurico, que preside o partido no Estado, avaliou, ontem, que, de fato, a tendência é a sigla ocupar uma cabeça de chapa em 2008. “É uma orientação nacional de fortalecimento da legenda, inclusive com vistas a 2010, mas não nos furtaremos de trabalhar as alianças”, analisou.