Por Gilvan Oliveira Da Editoria de Política do Jornal do Commercio Aos poucos, o secretário de Planejamento Participativo do Recife, João da Costa – preferido pelo prefeito João Paulo (PT) para sucedê-lo à frente do Executivo municipal – vai saindo da sombra e assumindo postura de prefeiturável.
Ontem, ele deixou um pouco de lado sua habitual cautela ao falar de sucessão: rebateu críticas de que sua candidatura seria inviável por falta de densidade eleitoral e de estar baseada na “tática do andor”, levada apenas pela força política de João Paulo. “Não sou um poste.
Ninguém se elege (deputado estadual) com 45 mil votos (só no Recife) sem articulação e muito trabalho”, advertiu, em entrevista à Rádio Folha.
O poste em questão é uma referência a uma frase famosa e polêmica do senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), morto na última sexta-feira.
No auge do poder, ACM afirmara que elegeria quem quisesse na Bahia, “até um poste”.
Críticos à candidatura de João Costa afirmam que João Paulo, em cima de sua popularidade, estaria confiando na mesma lógica - colocar “qualquer um” para a disputa sem consultar os aliados e observar nomes que seriam mais viáveis eleitoralmente.
João da Costa também defendeu a tese de que o bloco governista deve sair com candidatura única no Recife, em contraponto à idéia de mais de um postulante colocada pelo vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB), que também pensa em ser candidato.
Com a saída da secretária de Gestão Estratégica, Lygia Falcão, do páreo para coordenar o PAC no Recife, ele segue como único nome defendido abertamente por João Paulo como candidato governista em 2008.
João da Costa reconheceu o desafio de tentar unir o PT e os aliados em torno do seu nome numa eventual candidatura.
Mas advertiu que a opinião do prefeito, como condutor da sucessão, tem peso maior no processo de escolha do candidato.