A greve dos professores da rede estadual de ensino completou nesta terça (24) 44 dias sem novidades que indiquem o final do movimento.

Na manhã desta quarta (25), às 9 horas, o Sintepe promove mais uma assembléia, na quadra do IEP, em Santo Amaro para reavaliar a proposta do governo. À tarde, parte para mais uma rodada de negociação com o secretário de Administração Paulo Câmara.

O Sintepe critica o governo por não contemplar reajuste salarial para a categoria, que reivindica 16% de aumento e a adoção de salário-base de R$ 380,00.

De acordo com o sindicato, o governo pretende, primeiro, corrigir distorções no Plano de Cargos e Carreiras (PCC).

Para isso, utilizaria R$ 20 milhões para implementar a Progressão por Desempenho (lei existente desde 2005), antecipar em um mês o Piso Salarial Nacional assim que entrar em vigor nacionalmente, provavelmente em 2008, e pagar o abono educador (uma única parcela de R$ 200, em agosto). “Com quase um milhão de alunos matriculados na rede, Pernambuco apresenta os piores indicadores no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e paga os mais baixos salários do país”, afirma texto divulgado nesta terça pelo sindicato.

O índice de adesão à greve permenece entre 70% e 80%.

A categoria é formada por 66 mil profissionais, 30 mil na ativa.

Cerca de 12 mil tiveram o ponto cortado pelo governo.

MULTA O Sintepe aguarda ainda para esta quarta julgamento de agravo de instrumento impetrado na última sexta-feira (20) contra determinação judicial que estabeleceu uma multa diária no valor de R$ 10 mil a ser paga pela entidade por cada dia sem aula.