Do JC A ordem de retornar às aulas nesta segunda-feira (23), expedida na última sexta pela Justiça, pode não alterar o quadro das escolas estaduais, que enfrentam uma greve de professores há 43 dias.

Nem a multa de R$ 10 mil por dia pelo descumprimento da decisão fez o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) recuar.

A direção da entidade garante que os docentes não retornarão às salas de aula.

O recurso impetrado pelo Sintepe contra a decretação da ilegalidade da paralisação pode ser julgado ainda hoje. “Nosso setor jurídico está convencido que a greve não é ilegal, esperamos conseguir isso na Justiça”, disse a vice-presidente do Sintepe, Antonieta Trindade.

O processo corre na 3ª Vara da Fazenda Pública, sob responsabilidade da juíza Clara Maria de Lima Callado.

Os professores reivindicam equiparação do vencimento de 6 mil trabalhadores na educação ao salário-mínimo (R$ 380), além de 16% de reajuste para quem ganha acima disso.

Na mesa-geral de negociação do governo com todas as categorias de servidores, no último sábado, o reajuste sugerido teria repercussão de 3%.

A Secretaria de Administração propôs ainda um abono de R$ 200 pago somente em agosto.

Para Antonieta Trindade, a reunião não foi satisfatória.

Nesta quarta-feira (25), os docentes decidem se acatam ou não a proposta governamental.

A assembléia está marcada para as 9h, na quadra do IEP, em Santo Amaro, área central do Recife.