Os questionamentos acima são de Ricardo Noblat, um dos mais respeitados jornalistas brasileiros que, às segundas, publica coluna no Jornal do Commercio.

A de hoje (23) analisa o comportamento de Lula em torno do acidente com o avião da TAM.

Não há meias palavras.

A começar pelo título: “Top, top, top”, onomatopéia que se refere à “reação de indignação” do assessor palaciano Marco Aurélio Garcia, quando soube que a aeronave tinha problemas técnicos.

O rei está nu.

Noblat afirma com todas as letras em sua coluna.

Reproduzo aqui um pequeno trecho: “O presidente da República reuniu-se com ministros no Palácio do Planalto e divulgou uma nota de pesar.

Não telefonou para o governador de São Paulo, nem para prefeito.

Muito menos para os parentes das vítimas.

Sumiu de circulação durante três dias - oficialmente porque se recuperava de umt erçol no olho direito.

Cobrado pela imprensa, ocupou cadeia nacional de rádio e televisão para lamentar a tragédia e admitir que o sistema aéreo do País \passa por dificuldades.

Alegou que o maior problema é o número excessivo de vôos em Congonhas.

Prometeu construir um novo aeroporto.

E, por fim, advertiu que \ ão se pode condenar ou absolver quem quer que seja com base em opiniões apressadas. É, Freud explica… É preciso dizer mais o que sobre o comportamento de Lula?

Que ele é frouxo e costuma se esconder quando confrontado com algum fato capaz de causar danos à sua imagem?

Não foi assim no caso do mensalão?

Que Lula costuma ser antes de tudo solidário com amigos metidos em encrencas?

E que depois entrega a cabeça deles para salvar a sua?”