Médicos do Hospital da Restauração (HR) e do Getúlio Vargas (HGV) ameaçam entregar os cargos nesta segunda-feira (23) e paralisar os serviços nas unidades de saúde.
Na maior emergência do Nordeste, o HR, a situação é ainda mais precária.
Faltam médicos, lençóis, macas e espaço.
O movimento na manhã desta segunda-feira (23) foi considerado bem acima do normal.
No corredor, superlotação.
As macas estavam coladas umas as outras.
Mais sofrimento para os pacientes e familiares.
Se o final de semana já foi um caos nos hospitais estaduais de Pernambuco, a situação deve piorar ainda hoje (23).
Segundo o Simepe, 26 médicos do Hospital Getúlio Vargas irão entregar seus cargos à Secretaria de Saúde.
No HGV, no Cordeiro, Zona Oeste do Recife, a situação já era crítica nesse domingo (22), primeiro dia sem muitos dos 108 médicos que solicitaram exoneração na última semana.
Apenas um dos três traumato-ortopedistas apareceu, e só no fim da tarde.
No fim de semana, 14 traumatologistas do Hospital Otávio de Freitas pediram demissão.
Além desses, 34 neurocirurgiões estaduais já anunciaram para o dia 31 de julho o desligamento geral do quadro.
Simepe O vice-presidente do Simepe, Antônio Jordão, declarou que os plantões dos hospitais estão com lacunas no setor de trauma. “O HR deveria ter 42 traumato-ortopedistas e só tem 25.
No HGV, menos de 30”, afirmou.
Ele informou que os cirurgiões devem se reunir esta semana para avaliar a situação.
A maioria dos que entregaram carta ao sindicato solicitando exoneração é composta de traumato-ortopedistas, clínicos e cirurgiões. “Alguns levaram o pedido diretamente à Secretaria de Saúde e, por isso, não estão mais nos plantões”, explicou Jordão.
O Simepe entregará os pedidos de uma só vez à secretaria, mas só depois de uma assembléia da categoria, ainda sem data.
A categoria exige o aumento salarial dos atuais R$ 1.540 (diaristas em início de carreira) para R$ 2.377, mas o Governo acenou apenas para o acréscimo de R$ 100 aos benefícios de plantonistas.
O governo O governo do Estado divulgou nota, apelando para que os profissionais voltassem a trabalhar.
Também por meio de nota à imprensa, a Secretaria de Saúde de Pernambuco informou que os médicos que pediram demissão tomaram uma atitude precipitada.
A secretaria informou que as negociações de aumento salarial devem iniciar nos próximos dias e solicita que os médicos voltem ao trabalho.
Com informações do JC Online/Rádio Jornal/Cidades JC