Por Joana Rozowykwiat Da Editoria de Política do JC A homenagem que o Caxangá Ágape fará ao senador Sérgio Guerra (PSDB), na próxima quarta-feira (25), deverá ser transformada em uma demonstração do prestígio do tucano, o que ajudará a fortalecer seu nome para a presidência nacional do PSDB.

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), virá ao Recife especialmente para fazer a saudação ao correligionário.

O almoço, que acontece no restaurante Boi Preto, no Pina, pretende atrair a “gregos e troianos”, a exemplo do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e do governador Eduardo Campos (PSB), que havia confirmado sua presença, mas depois ficou de avaliar, temendo justamente que o ato tenha uma carga político-partidária muito forte.

Jarbas e Eduardo não se encontram desde a viagem dos dois à China, durante missão empresarial da Fecomércio, em junho.

Na ocasião, eles chegaram a conversar por cerca de dois minutos.

Guerra, hoje a maior liderança do PSDB no Estado, já exerceu a política no campo da esquerda, especificamente no PSB, de Eduardo, que possui com ele uma relação pessoal.

O governador já confirmou que receberá, na quarta, José Serra e o próprio Guerra, no Palácio.

Além dos principais integrantes da antiga aliança jarbista, também foram convidados vários prefeitos do atual bloco governista, a exemplo de José Aglaílson (PSB), de Vitória.

E, mesmo dentro da aliança, alguns encontros serão acompanhados com atenção no meio político. É o caso de Raul Henry e Carlos Eduardo Cadoca, que disputam, no PMDB, o posto de candidato à Prefeitura do Recife.

Apesar de Sérgio Guerra negar qualquer vínculo do evento com a sua candidatura ao comando do PSDB, a presença de Serra e talvez de outras personalidades do cenário nacional – que por conta do recesso e do apagão aéreo ainda não definiram se poderão vir – é uma sinalização da influência do senador dentro da legenda.

Lembrando que a eleição para a presidência do PSDB só acontecerá em novembro, o tucano, no entanto, não faz corpo mole ao contabilizar seus apoios. “Já falei com Serra, com Aécio Neves, Tasso Jereissati, Fernando Henrique, Geraldo Alckmin e com a bancada.

O entendimento deles é que eu posso ser o presidente”, disse, referindo-se aos principais cardeais da sua legenda.

O senador também fez questão de descartar que o evento do Caxangá Ágape tenha qualquer ligação com o pleito de 2008. “É só uma homenagem.

Também não tem lançamento de candidatura nenhuma.

Até porque não posso ser presidente do PSDB e candidato a prefeito, não é?”, associou.

Atualmente membro da executiva nacional do PSDB, Guerra tem reforçado sua imagem de liderança nacional do partido, ao percorrer o País como coordenador da comisão responsável por organizar o pleito de 2008. “Já estive em mais de 20 Estados”, explica.

O senador ganhou maior projeção fora do Estado ao comandar a campanha de Geraldo Alckmin à Presidência da República, no ano passado.