Gilberto Kassab pretende desapropriar a área próxima ao local onde ocorreu, dia 17, o acidente com o vôo 3054 da TAM, para transformá-la em uma praça em homenagem às vítimas, de acordo com reportagem de Lorena Vieria, da Agência Estado.

Até agora, as autoridades contabilizam 197 mortos, sendo 187 deles integrantes da aeronave.

O prefeito de São Paulo deu a notícia após a missa celebrada na Catedral da Sé, em memória das vítimas, neste domingo.

Na ocasião, Kassab defendeu também a criação de uma área de escape no Aeroporto de Congonhas e não descartou a hipótese de haver desapropriações para que isto seja realizado.

Leia a matéria: “Kassab ressaltou ainda a necessidade de que as ações anunciadas pelo governo federal na última sexta-feira, para melhorar as condições de Congonhas, sejam concretizadas. “Há muito tempo todos sabem da importância dos investimentos na aviação civil.

Ainda em relação ao Aeroporto de Congonhas, nos últimos anos, aumentamos o número de passageiros de 12 milhões para 18 milhões por ano, portanto é evidente que estamos operando além dos limites, e que sejam definidos com muita clareza quais são estes limites”, afirmou, após missa celebrada na Catedral da Sé, em memória das vítimas. “No curtíssimo prazo, é importante que seja reduzido drasticamente o número de vôos em Congonhas.” O presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, acompanhou a cerimônia, mas saiu rapidamente, um pouco antes do término, sem falar com a imprensa.

Durante a celebração, que lotou a Sé, o padre Juarez de Castro foi aplaudido pelos participantes quando destacou a necessidade de respostas rápidas sobre as causas do acidente. “Uma coisa é morrer, outra coisa é morrer quando eles não precisavam ter morrido.

O poder público nos deve uma resposta”, ressaltou.

O arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, ressaltou durante a missa - organizada pela própria arquidiocese - o apoio da população aos familiares das vítimas. “Estamos juntos com essas pessoas, sofrendo também.

E com elas buscaremos as respostas.” Ainda durante o ato, Jaqueline Salgado, familiar de uma das vítimas do acidente, criticou, em entrevista à imprensa, a demora na identificação dos corpos e fez um apelo pelo aumento no número de profissionais que estão realizando este trabalho.

Além de familiares com camisetas e fotos com os rostos das vítimas, a missa contou com a presença de funcionários da TAM, uniformizados”.