Neste sábado (21), em reunião da mesa geral de negociação marcada para as 9h, o governo do Estado deve apresentar proposta salarial para os servidores públicos.

No último encontro da mesa, no dia 12 de julho, o governo afirmou que só poderia fazer qualquer concessão que implicasse em despesas adicionais de R$ 106 milhões este ano para a folha de pessoal.

Se o reajuste salarial for retroativo a 1º de junho, data-base dos funcionários estaduais, a folga financeira mensal é de apenas R$ 13 milhões, quando a folha custa R$ 280 milhões e os pleitos dos servidores representam um incremento de R$ 140 milhões ao mês.

Como a folga de caixa é apertada, a perspectiva do encontro é de frustração.

Talvez por esse motivo, o governo também decidiu divulgar hoje o calendário semestral de pagamento dos funcionários públicos, com previsão inclusive para o 13º salário.

O governo prefere não adiantar o teor da proposta de reajuste.

Semana passada, o secretário de Administração, Paulo Câmara, limitou-se a afirmar que a intenção do governo é priorizar a implementação dos planos de cargos, carreiras e vencimentos (PCCVs).

O argumento é que o plano já foi aprovado em lei, como é o caso do PCCV dos funcionários da saúde, educação, da Universidade de Pernambuco (UPE) e do Detran.

A margem de R$ 106 milhões foi calculada com base no Programa de Ajuste Fiscal (PAF), assinado com o Tesouro Nacional e que estabelece metas de receitas e despesas.

O secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Paulo Rocha, ressalta que o principal item da pauta dos servidores é a adoção de um piso salarial de R$ 380 e a concessão de um reajuste de 16%.