Por Margarida Azevedo, da editoria de Cidades do JC É crescente o número de professores descontentes com a atuação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe).
Docentes criticam a direção da entidade, afirmando que, devido ao envolvimento dos dirigentes sindicais com partidos políticos que apóiam a gestão Eduardo Campos, falta empenho do sindicato para enfrentar o governo.
A categoria é a maior do serviço público estadual, com cerca de 66 mil trabalhadores, entre ativos e aposentados.
Por duas vezes, desde que a greve começou, em 11 de junho, a direção do Sintepe defendeu o fim da paralisação.
Em ambas, os mais de mil profissionais presentes em cada uma das duas assembléias foram contrários e mantiveram o movimento.
O presidente do sindicato, Heleno Araújo, é filiado ao PT, enquanto a vice, Antonieta Trindade, é ligada ao PCdoB.
Um grupo de oposição à direção, que conta com Ana Lins e José Mariano de Macedo, seguidores do PSTU, à frente, ganha adeptos a cada dia.
A justificativa dos descontentes é de que, como não se sentem representados pelo Sintepe, buscam apoio nesse grupo.
Ps.: Enquanto isso…
Os 960 mil alunos da rede estadual ficam sem aulas por pelo menos mais uma semana.
Até terça-feira, os professores farão mobilizações e atos públicos no Recife e em Garanhuns, Caruaru, Limoeiro, Timbaúba, Petrolina, Ouricuri, Floresta e Salgueiro.
Na quarta, o Sintepe convoca nova assembléia para que os docentes decidam se permanecem em greve.
Novidades em relação às negociações só devem surgir a partir de sábado, quando ocorre reunião da Mesa Geral de Negociação do Estado com os servidores.