Por Inaldo Sampaio Da coluna Pinga-Fogo do JC Pelos seis primeiros meses de governo, já está mais ou menos claro para o governador Eduardo Campos que os três maiores desafios de sua gestão são esses mesmos que estão nos jornais: segurança, educação e saúde, não necessariamente nessa ordem.

Os índices de violência não têm diminuído, por mais esforço que o governo faça para contê-la, os professores estão em greve há 40 dias porque não chegaram a um acordo com a Secretaria de Educação e os médicos dos hospitais públicos ameaçando cruzar os braços porque suas reivindicações foram rejeitadas.

Conforme as declarações do governador, se o conjunto das reivindicações dos servidores fossem atendido isso representaria um incremento na folha de pessoal da ordem de R$ 109 milhões, mês, algo que os cofres do estado não suportaria.

Nada obstante, o diálogo do atual governo com o conjunto dos servidores não tem fluído com a transparência desejada, do que resultam essas paralisações desnecessárias que só fazem prejudicar a população mais pobre, que é a clientela majoritária dos estabelecimentos de ensino e dos hospitais públicos.

Não se está cobrando em absoluto que o governo dê reajuste salarial acima do suportável pela Secretaria da Fazenda, mas que leve também em consideração que o servidor público estadual foi muito penalizado nos governos passados e está com suas demandas represadas há pelo menos duas décadas.

A radicalização de um lado e outro é ruim para o servidor, péssimo para o governo e não desejada pela população.