Acabou agora há pouco reunião entre representantes do Governo do Estado e das entidades ligadas aos policiais e bombeiros militares para discutir o reajuste salarial da categoria.
E a julgar pela reação do presidente da Associação dos Oficiais, Subtenentes e Sargentos da PM (AOSS), capitão Vlademir Assis, o acordo parece estar próximo. “O diálogo foi bom, num clima amigável”, afirmou Assis sobre o encontro que aconteceu na manhã desta sexta (20) na sede da Secretaria de Defesa Social (SDS), em SantoAmaro.
Segundo ele, o governo ofecereu aos PMs 20% dos R$ 106 milhões que pretende empregar no reajuste dos servidores.
Seriam, portanto, cerca de R$ 21,2 milhões que resultariam em reajustes de 3% a 17%, dependendo da condição do policial.
Os inativos receberiam menos, por exemplo.
Além disso, o governo tentou incluir na proposta um realinhamento na gratificação de risco de vida para os soldados, que passaria de R$ 69,00 para R$ 200,00.
As associações concordam com os R$ 21,2 milhões oferecidos pelo governo.
Mas não com sua forma de distribuição.
Também não querem incluir neste bolo a gratificação de risco de vida. “Até porque ainda está muito longe do valor pago aos coronéis, que é de R$ 1.190,00 e nem todos têm direito a ela.
Também não é incorporada na aposentadoria”, contou Assis.
Ficou decido, então, que as associações PM vão se reunir neste final de semana para discutir a forma de distribuição para os R$ 21, 2 milhões.
E a contraproposta será apresentada até as 18 horas da próxima segunda (23). “Queremos um aumento linear, igual para todos”, adiantou Assis.
Da reunião desta sexta na SDS participaram, pelo lado do governo, o secretário de Administração Paulo Câmara e o de Defesa Social, Romero Menezes.
Representando os militares estavam, além de Assis, o presidente da Associação dos Cabos e Soldados(ACS), deputado estadual Soldado Moisés (PSB), o presidente da Associação dos Oficias da Reserva (Assorpe), coronel Heráclito Toscano e o presidente da Associação dos Inativos da PM (Assinpe), tenente Lupércio.
Os militares não participam da Mesa de Negociação Permanante dos Servidores, criada pelo governo e composta por representantes de várias categorias.
A Mesa tem mais uma reunião neste sábado (21) quando o governo deverá anunciar como pretende distribuir os outros 80% entre os servidores civis.
O jogo está esquentando e a lua-de-mel entre governo e servidores acabou.
Logo mais, às 15h, o Sindicato dos Médicos do Estado realiza ato público em sua sede, na Avenida João de Barros, Santo Amaro, para marcar a entrega dos cargos de dezendas de plantonistas.
Os professores chegam nesta sexta ao 39o dia de greve.