O governador Eduardo Campos (PSB) encarou os professores grevistas do Estado que organizaram protesto no município de Palmares, Mata Sul de Pernambuco, na manhã desta sexta-feira.
Abordaram-o para dizer que votaram nele, mas estavam ali cobrando uma posição em relação à greve. “A educação é prioridade nossa, estamos atendendo quase a totalidade da pauta”, alegou Eduardo, pedindo compreensão à categoria.
Disse também que o governo dele, em sete meses, fez mais que o que o governo Jarbas Vasconcelos/Mendonça Filho (PMDB/PFL) em oito anos.
A professora Vera Pessoa, no entanto, diz que não acredita que tudo irá ser resolvido logo. “Já estamos tentando negociar desde abril.
Hoje faz quarenta dias que estamos de greve”, afirmou ela.
Pelas palavras firmes do governador, nesta manhã, a quebra de braço está para acabar.
Não sei se ele tem uma carta na manga para pôr fim à greve, porque hoje (20) apenas repetiu o que vem dizendo: “Antes, os governos cortavam as contribuições dos sindicatos, não recebiam o pessoal”. “Conseguimos, ao reduzir o superávit primário, algum recurso para repor a questão salarial.
Mas não é na proporção do conjunto da demanda, que é de R$ 109 milhões por mês.
A folha é de R$ 209 milhões e eu disse que eu não fui eleito para quebrar o Estado”. “Oferecemos na mesa (de negociação), tivemos acordo por duas vezes para cumprir a progressão do Plano de Cargos e Salários, que foi o ex-governador Miguel Arraes que construiu, e passou sete anos sem nenhum professor tivesse progressão”. “Eu estou me propondo a, em seis meses, fazer a progressão que foi feita em sete anos.
Estamos nos propondo a fazer o abono, que o sindicato achou importante.
Me propus a antecipar o piso salarial nacional.
Dos cinco pontos da pauta, atendemos quatro”. “Como governador, eu tenho que olhar o lado de milhares de crianças, adolescentes e famílias que conversam comigo, me escrevem, querem aula.
O que é que eu tô propondo, de maneira muito clara, falei com eles ali fora, na entrada (do evento em Palmares): nosso senhor Jesus Cristo não fez o mundo em um dia, fez em sete”. (Com informações da repórter da editoria de Política do JC Joana Rozowykwiat)