Primeiro foi o silência do presidente da República sobre o acidente em Congonhas.
Lula se escondeu no Palácio e promete para a noite desta sexta (20), às 20h, três dias depois do desastre, pronunciamento em cadeia de rádio e TV.
Vai dizer que está consternado.
Pelas informações de momento, já desistiu de apresentar medidas concretas para contornar os problemas de tráfego aéreo em Congonhas como havia prometido.
Deixou a tarefa para o Conselho Nacional da Aviação Civil (Conac), órgão que reúne vários ministérios, inclusive o da Defesa, dirigido de forma aérea pelo ministro Waldir Pires.
Depois foram os assessores palacianos Marco Aurélio Garcia e Bruno Gaspar, flagrados nessa quinta (19) por um câmera, enquanto comemoravam, com gestos obscenos, a informaçãode que o avião acidentado tinha problemas técnicos.
E que, portanto, a culpa seria única e excluiva da TAM e do piloto.
O governo nada teria a ver com a história.
Agora se tem notícia de um outro gesto de escárnio.
Talvez ainda mais grave que o protagonizado pelos assessores.
Porque foi feito publicamente, à luz do dia.
Sem vergonha, sem recato, sem respeito pelas vítimas do vôo 3054.
Parece brincadeira.
Mas na manhã desta sexta (20), o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito - principal interlocutor de Lula na administração da crise em Congonhas - e o vice José Alencar participaram de uma cerimônia na base aérea de Brasília em que homenagearam com a medalha do “Mérito Santos Dumont” diversas pessoas.
Entre elas, o Diretor presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, e a também diretora da entidade Denise Abreu.
Santos Dumont deve ter se revirado no túmulo.
Onde é que vai parar a falta de noção desse governo? (Com informações do G1)