Se ainda havia alguma dúvida, o panfleto que você vê acima é mais uma prova de que acabou mesmo a lua-de-mel entre os servidores do Estado e o governador Eduardo Campos.
O folheto é assinado pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e reproduz a marca da campanha de Eduardo em 2006, ladeada por duas asinhas, com o título: A esperança está indo embora.
Nesta sexta, o Simepe realiza às 15h, em sua sede, na Avenida João de Barros, Santo Amaro, um ato público para marcar o pedido de demissão de médicos plantionistas e diaristas dos grandes hospitais de emergêbncia do Estado.
Somente do Hospital da Restauração, 62 profissionais encaminharam carta ao sindicato aderindo às demissões.
Médicos do Getúlio Vargas e do Otávio de Freitas também ameaçam se afastar.
Na rede estadual, onde trabalham 70 ortopedistas, já existe um déficit de 30 médicos.
A categoria pede que o piso de R$ 1.400,00 seja elevado para R$ 2.161.
Até agora, o governo ofereceu um acréscimo de R$ 100,00. “Chegamos ao limite do estresse e de jornadas desgastantes”, diz o texto do panfleto. “Exigimos respeito, salário digno, condições de trabalho adequadas e estruturação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos”.
Depois dos professores, que apesar da ameaça do corte de ponto resolveram manter a greve que já chegou a seu 39o dia, agora é a vez dos médicos partirem para o confronto.