Do G1 O avião da TAM que se chocou contra o prédio da empresa em Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, na terça-feira (17), tinha um defeito no reversor da turbina direita desde a sexta-feira passada, dia 13.
O problema havia sido detectado pelo sistema eletrônico de checagem do próprio avião.
Mas a aeronave da TAM, um Airbus A320, continuou a voar nos dias seguintes, com o reversor direito desligado.
O jornalista William Bonner, do Jornal Nacional, conversou, por telefone, com o presidente da TAM, Marco Antônio Bologna, e com o vice-presidente técnico da empresa, Ruy Amparo.
Eles confirmaram as informações.
E afirmaram que o fabricante do avião, a Airbus, em seus manuais de manutenção, para casos como este, recomenda que uma revisão no dispositivo seja feita até dez dias depois da apresentação do defeito.
Os executivos da TAM também afirmaram que a Airbus consideram que esse problema no reversor não é impeditivo de vôo.
E que o avião A320 pode operar normalmente até que o problema seja verificado dentro do prazo de dez dias.
DIA ANTERIOR O “Jornal Nacional” apurou que o avião da TAM prefixo MBK, destruído na tragédia de terça-feira, teve problemas para aterrissar no dia anterior no mesmo Aeroporto de Congonhas.
Como informado na quarta-feira (18), o vôo 3215 da TAM, entre Confins (MG) e São Paulo, na segunda-feira (16), às 13h48, teve dificuldades para frear.
E só parou no limite da pista de Congonhas.
Segundo apuração do “Jornal Nacional”, o comandante daquela aeronave teria dito à torre que a pista estava “muito escorregadia”, sem fazer menção ao problema técnico.
De acordo com fontes, o comentário foi registrado pelos órgãos oficiais.