Dona Magdalena - como é conhecida a esposa do ex-governador Miguel Arraes e a “meia-avó” do governador Eduardo Campos (PSB) - está às voltas com um abaixo-assinado para evitar que o Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano, conhecido como Tamarineira, na Avenida Rosa e Silva, no Recife, perca sua sede.
Ela tem circulado com o documento e colheu assinaturas em algumas reuniões da Fenneart, a Feira Nacional de Negócios do Artesanato, que terminou, domingo, no Recife.
A iniciativa de Magdalena Arraes é mais uma manifestação em defesa do domínio público do hospital e de todo o terreno de 92 mil metros quadrados onde está instalado.
Representantes de diferentes setores da sociedade que apóiam a causa querem a manutenção do hospital e que a área seja zona de preservação ambiental.
Várias mobilizações têm ocorrido na tentativa de evitar que a Santa Casa venda o terreno para grupos privados ou permita a instalação de centro de compras no local.
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CARTA PARA LULA Dona Magdalena também está envolvida em outro abaixo-assinado, o da Vale do Rio Doce.
E é endereçado ao presidente Lula (PT).
O documento pede que o petista reveja a privatização da companhia.
A Vale, maior empresa brasileira do ramo da mineração, foi criada pelo Governo Getúlio Vargas em de junho de 1942.
Em de maio de 1997 ocorreu o leilão de privatização, durante o Governo Fernando Henrique Cardoso.
Essa privatização foi muito controversa, porque se tratava de uma empresa lucrativa e eficiente.
O consórcio Brasil, liderado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de Benjamin Steinbruch, adquiriu o controle acionário da Vale por R$ 3.338.178.240 ou cerca de 3,3 bilhões de dólares, na ocasião.
O preço total que o Tesouro Nacional do Brasil recebeu pela venda do controle acionário da empresa equivale hoje ao lucro trimestral da companhia.
A ENGAJADA Dona Magdalena andou para baixo e para cima com esses dois abaixo-assinandos duarante a Fenneart.
Aliás, ela, que já presidiu a Cruzada de Ação Social (CAS), no governo do marido Arraes, deu sua contribuição à feira, fazendo o resgate histórico.
Ela ajudou a nomear várias pracinhas que o evento teve, em homenagem a artesãos.
Na época da CAS, a ex-primeira-dama apoiava o trabalho de artesãos carentes.