Por Cecília Ramos Da Editoria de Política do JC Pernambuco terá 12 nomes na nova lista dos 100 parlamentares mais influentes do Poder Legislativo.
Um a mais que em 2006. É o que revelará a 14ª edição da pesquisa “Os Cabeças do Congresso Nacional”, feita pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) e que só será divulgada em agosto.
O JC teve acesso, em primeira mão, à lista que traz nove deputados federais e três senadores pernambucanos no mapa do poder no novo Congresso.
A surpresa do ranking será a ausência do deputado Armando Monteiro Neto (PTB), que figurou nos levantamentos de 2005 e 2006.
Os estreantes pernambucanos dos “100 mais” serão, na Câmara, os petistas Pedro Eugênio e Paulo Rubem Santiago e Raul Jungmann (PPS), e, no Senado, Jarbas Vasconcelos (PMDB).
O deputado Inocêncio Oliveira, que há mais de uma década ocupa cargo na mesa diretora da Câmara, permanece inabalável no mapa do poder.
Ele é um dos raros “Cabeças” que figuram no estudo desde 1993, ano do primeiro levantamento do Diap.
O deputado Maurício Rands (PT) e o senador Sérgio Guerra (PSDB), ambos no segundo mandato, mantiveram-se no ranking.
Os dois alcançaram o feito atípico de se destacar logo na estréia no Congresso.
No quarto mandato, os deputados Fernando Ferro (PT), Roberto Magalhães (DEM) e o líder do governo Lula na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB), além do senador Marco Maciel (DEM), continuam no seleto grupo que “dá as cartas”.
Assessor parlamentar do Diap e colaborador da pesquisa, Marcos Verlaine explicou que os “Cabeças” são os “operadores-chave” ou protagonistas do processo legislativo.
Na prática, aqueles cuja atuação é capaz de afetar a conduta ou a disposição de agir dos outros. “Renildo (Calheiros), por exemplo, é líder da bancada do PCdoB e é interlocutor.
Ferro (Fernando) tem linha direta com Dilma Rousseff (ministra da Casa Civil).
Jarbas foi governador e é um formador de opinião”, avaliou Verlaine, por telefone, de Brasília.
Em síntese, “tem os caras que operam e outros que levantam o crachá”.
O estudo do Diap é resultado de um acompanhamento sistemático das votações no Congresso.
As lideranças são mapeadas e informadas aos sindicatos.
Identificados, os “Cabeças” são divididos em cinco categorias: debatedores, articuladores/organizadores, formuladores, negociadores e formadores de opinião.
A depender da habilidade, o político pode figurar em todas as categorias.
Os critérios de classificação são: Institucional (posto que ocupa), Reputacional e Decisional.
A não-decisão também é considerada.
Trata-se de ações de bastidores destinadas a ocultar ou criar obstáculos à exposição de conflito, evitando que matérias com potencial explosivo ou ameaçador sejam incluídas na agenda política.
O estudo é feito a cada período legislativo (são 4) e divulgado após o recesso. “Essa primeira lista não está fechada, mas é pouco provável que mude”, disse Verlaine.
Mudança só em caso de morte ou envolvimento de um nome listado em um escândalo.