Da Editoria de Política do JC O sinal de alerta do PSB em relação ao prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Newton Carneiro, se intensifica a cada dia.
Hoje, a sigla avalia que a imagem da gestão – frequentemente envolvida em denúncias de irregularidades – pode ser negativa para os planos de conquista de espaços de poder da legenda.
A Executiva estadual do partido divide-se em dois pensamentos: afastar o prefeito para impedir que dispute a reeleição pela sigla em 2008 ou esperar até que o próprio peça desfiliação.
Os que defendem o afastamento de Newton são maioria.
No entanto, o grupo minoritário alega que a iniciativa pode soar truculenta demais ao submeter o prefeito a um constragimento.
Por isso, aguardam Newton pedir desfiliação.
No entanto, as duas correntes concordam em um ponto: não alimentar a discussão pelos jornais.
Já o governador e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, prefere manter distância da questão, mas não quer ver o partido prejudicado pela gestão de Jaboatão, apesar da importância do município.
Os socialistas também alegam que não estão dispostos a defender Newton devido à falta de representação do partido na administração.
O PSB considera da sua cota apenas o secretário de Saneamento e Meio Ambiente, Roberto Gomes da Silva.
Os demais são vistos como indicação da filha do prefeito, a deputada estadual Elina Carneiro (PSB).
A forma como o prefeito entrou na legenda, no final de 2005, é outro fator de rejeição interna.
Com o objetivo de fortalecer sua chapa proporcional para 2006, o PSB aceitou a filiação de Elina, na época no PSDC.
Na solenidade, realizada na Câmara Municipal, o prefeito decidiu pedir uma ficha para também deixar o PSDC e entrar no partido, deixando a direção socialista surpresa.
Sem condições de negar o pedido publicamente, os dirigentes não conseguiram achar uma solução, a não ser abonar a ficha de Newton.