Por Gilvan Oliveira Da Editoria de Política do JC Para tirar do papel os projetos do Recife contemplados com R$ 442,7 milhões do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o prefeito João Paulo (PT) formou, ontem, uma “força-tarefa” no seu secretariado.

E para coordenar esta equipe, o petista escolherá justamente entre seus preferidos para sucedê-lo no comando do Executivo: João da Costa, secretário de Planejamento Participativo, e Lygia Falcão, secretária de Gestão Estratégica.

O prefeito reconhece a visibilidade política que os dois podem ganhar coordenando as ações do PAC, mas afirmou que a escolha segue critério administrativo.

João da Costa e Lygia encararam com naturalidade a missão e negaram que haverá projeção individual. “A projeção é da administração”, afirmou João da Costa.

A força-tarefa será oficializada em uma reunião na próxima terça-feira (17), às 16h, na Prefeitura, quando João Paulo decidirá se a coordenação ficará com João, Lygia ou com os dois juntos.

Ele fez questão de frisar que, apesar de gozarem de sua preferência para disputar a sucessão municipal em 2008 e da visibilidade que os dois podem ganhar, não há motivação política na escolha. “É natural, até porque eles já fazem isso (coordenação) hoje”, disse.

Antecipando-se a possíveis “ciúmes” de aliados e censuras adversários, João da Costa ironizou quando perguntado se haveria capitalização política a seu favor com o PAC: “Se a gente for só pensar que alguém será beneficiado politicamente com as obras, ninguém mais trabalha”.

Ele negou que sua posição estratégica na gestão do PAC, por si só, resulte em benefício eleitoral. “O resultado eleitoral é condicionado ao trabalho de todo o governo”.

Na mesma linha, Lygia Falcão enfatizou que o ganho é da gestão e que não vê privilégio pessoal em coordenar o PAC no Recife. “É um volume de trabalho grande.

Não vejo como privilégio, mas um ganho de gestão.

Ganham todos, inclusive nossos aliados”.

Para a força-tarefa, João Paulo convocou 11 auxiliares: os titulares de seis pastas - Habitação (José Humberto de Moura Cavalcanti), Saneamento (Marcus Tullius), Finanças (Elísio Soares), Assuntos Jurídicos (Bruno Ariosto), além Planejamento Participativo (João da Costa) e Gestão Estratégica (Lygia Falcão) -, dois secretários executivos - Assuntos Jurídicos (Raimundo Fernandes) e Finanças (Ângela Weber) -, dois coordenadores - Comunicação (Ruth Vieira) e Gestão Estratégica (Hercílio Maciel) - e o presidente da URB (Amir Schvartz).

Eles se reunirão periodicamente para avaliar o andamento dos projetos e farão relatórios para o prefeito.

O prefeito, porém, reconheceu que uma das principais promessas, a Via Mangue, só será concluída pelo sucessor. “Mas vou deixar bem adiantada e com dinheiro em caixa para a conclusão”.