Da Agência Globo O ministro dos Esportes, Orlando Silva, disse que, para ele, as vaias recebidas pelo presidente Lula durante a cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos, no Maracanã, foram orquestradas. “Foi uma manifestação minoritária.
Tinha quase cem mil pessoas presentes.
Tanto é que hoje (sábado, 14), no Forte de Copacabana, eu senti um carinho muito forte da população.
Muitos vieram me abordar e pedir para que eu transmitisse ao presidente da República que aquilo foi um fato isolado e que não reflete o sentimento da cidade sobre o Pan”, disse. “A minha impressão é que foi um ato isolado.
Pela forma que aconteceu, parecia uma orquestração.
Percebi que, à esquerda da tribuna, havia uma concentração desses apupos.
Talvez se procurássemos saber detalhes sobre como foi ocupada essa parte da tribuna, poderíamos esclarecer isto.
Mas não temos tempo.
O que deve ficar registrado é a beleza e a magnitude do evento”, afirmou o ministro.
Segundo ele, houve mesmo um desencontro de informações que acabou tirando o presidente da cerimônia de abertura. “Ficou evidente que houve ruídos.
Um desencontro de infomações entre os cerimoniais da organização do Pan e da presidência da República, o que gerou uma certa instabilidade no processo da cerimônia”.
O ministro não comentou se o presidente reclamou das vaias e de ter ficado de fora da abertura. “O que ele disse a mim foi que só o Brasil teria capacidade de fazer uma festa tão magnífica.
Ele ficou encantado com toda a solenidade que aconteceu ali.
Afinal, ninguém se empenhou tanto para que o Pan se realizasse como o presidente Lula”.
As declarações foram feitas durante almoço no Palácio Laranjeiras, oferecido pelo governador Sérgio Cabral aos governadores que estão participando dos Jogos Pan-Americanos.
O governador Sérgio Cabral não falou com os repórteres presentes ao encontro.