Por Luís Carlos Lins* O Fórum Permanente Pela Ética na Política está acompanhando e participando ativamente de alguns dos movimentos grevistas que acontecem em Pernambuco.
No que tange a paralisação do setor educacional, a independência dos trabalhadores em educação salta aos olhos.
E não se trata de forças politicas antagônicas (PSTU ou PSOL) que estão conduzindo ou influenciando decisivamente no processo contra os dirigentes, que são taxados por estes de governistas.
As causas da rebeldia são mais uma mistura de politização e descrença da categoria nas representações políticas tradicionais do que qualquer outra coisa.
No caso, partidos e parlamentares.
As vaias no Lula na abertura do PAN, por exemplo, não foram contra ele e sim dirigidas contra a classe politica brasileira, extremamente desacreditada!
Esse aspecto da luta é extremamente pedagógico.
Nenhuma liderança política ou partido pode se pretender “dono ou dona” daquela ou desta base.
A relação tem que ser estabelecida em outros patamares.
Numa democracia, os representados é que submetem os representantes e nunca o contrário.
Bastante ilustrativo foi o comentário feito por um professor-militante do PCdoB em caminhada pelas ruas do centro do Recife.
Ele foi questionado por um dirigente sindical sobre de que lado estava e respondeu de pronto: “Estou do lado da base”,acrescentando que se quiserem expulsem-no do partido.
A lição está sendo dada.
Só não aprende, quem não quiser! *Membro do Fórum Permanente Pela Ética na Política.