Da Agência Brasil Rio de Janeiro - Os servidores estaduais de saúde vão parar por 12 horas na segunda-feira (9), em cinco hospitais, em protesto contra a criação de fundações estatais para administrar as unidades e a terceirização dos laboratórios.
Os hospitais onde haverá paralisação são o Carlos Chagas e o Getúlio Vargas, na zona Norte; o Rocha Faria, o Albert Schweitzer e o Pedro II, na zona Oeste.
Somente a emergência irá funcionar, para casos graves – os demais pacientes serão transferidos para o Hospital de Saracuruna, na Baixada Fluminense.
A mobilização, segundo Gilberto Mesquita, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, pretende também pressionar o governo estadual para que sejam atendidas reivindicações como melhorias salariais e melhores condições de trabalho.
Ele explicou que “a população não será prejudicada e os servidores vão parar pelo fato de estar começando uma privatização do setor de laboratórios, pelo sucateamento da rede e porque todos os trabalhadores continuam aguardando as promessas de campanha do governador Sérgio Cabral Filho”.
E acrescentou: “Não acredito que a paralisação do servidor vá mudar o cenário em que se encontram nossas unidades, porque elas já estão paralisadas pelo próprio governo”.
Em nota oficial, a Secretaria Estadual de Saúde informou que a terceirização “não é sinônimo de privatização” e que pretende com isso “aumentar a eficiência e reduzir os custos”.
Esclareceu, ainda, que as fundações a serem criadas para administrar os hospitais “não privatizarão o serviço público, uma vez que elas serão instituições públicas”.