Entre os vários momentos de demagogia do discurso presidencial do presidente Lula, nesta manhã, no Centro de Convenções de Pernambuco, a defesa do Nordeste chamou a atenção. É verdade que o Brasil precisa crescer de forma mais equilibrada, mas Lula exagerou no palavrório vazio. “Não somos os exportadores de pobres para os estados mais ricos.
Não queremos comer o pedaço de pão de ninguém, mas o pão precisa ser repartido de forma mais justa”, afirmou Lula, já no seu segundo mandato. “Vamos descobrir quem é o judas e tirá-lo da nossa mesa”, concluiu, em um apelo confuso e contraditório do ponto de vista prático, mas eficiente do ponto de vista simbólico, do sempre presente estímulo à luta de classes.
Em junho do ano passado, fui enviado pelo jornal para cobrir o lançamento da Transnordestina, no interior do Ceará.
O discurso de Lula era o mesmo.
A realidade nordestina também.