O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Pernambuco (OAB-PE), Jayme Asfora, expressou hoje a sua preocupação quanto aos rumos que poderão ser dados ao programa de Segurança Pública do Estado, com a saída do coronel Luiz Meira da chefia de operações da Polícia Militar (PM). “Em pouco mais de dois meses, o site pebodycount já contabilizou 800 homicídios em todo o Estado. É uma situação alarmante que precisa de solução e não de uma crise que a agrave”, avaliou Asfora.
Ele lembra que foi o próprio governo de Pernambuco que, a despeito de todas as polêmicas envolvendo o coronel Meira, vinculou algumas metas de sua política de segurança pública à nomeação de Meira para o cargo.
Para o presidente, o governo do Estado precisa tomar as rédeas do comando da tropa, antes que o clima de insatisfação se instale no quartel.
Os rumores de uma possível greve da PM começam a ser ventilados, justamente, no período em que registra-se os dez anos da primeira greve da Polícia Militar ocorrida no Estado - e que marcou uma quebra na hierarquia dentro da tropa. “A OAB-PE estará vigilante a todos os movimentos que surgirem a partir de agora, justamente, para tentar garantir à população que não ocorra uma nova paralisação, uma vez que todos nós já conhecemos os seus danosos efeitos e até porque uma greve de policiais militares seria flagrantemente ilegal”, afirmou.