O presidente Lula pediu compreensão ao povo por conta da demora em ver concretizadas as obras que vêm sendo anunciadas pelo seu governo.

Falando de improviso na cerimônia de liberação dos recursos do PAC para Pernambuco, reclamou da burocracia.

Ele relacionou os tribunais de contas, os instutos ambientais dos estados e do governo federal, além das empresas que vão à justiça contestar os resultados das licitações como obstáculos à velocidade na execução dos projetos. “O Brasil tem muita burocracia.

Vocês não sabem o quanto é difícil”, discursou.

E fugindo ao estilo habitual de usar metáforas futebolísticas, o presidente preferiu recorrer ao mundo animal para fazer uma comparação com as dificuldades vividas pelo governo ao enfrentar os entraves burocráticos. “É mais difícil que a galinha botar ovo.

Lá ela sofre e bota o ovo.

Aqui a gente sofre e o ovo não sai”, filosofou.

COMPROMISSO Para ele, diante de tanta burocracia, é preciso se assumir um compromisso com o País para que as idéias saiam do papel. “Temos de concretizar os projetos para gerar empregos”, disse. “Mas com um tribunal de contas acompanhando, são quatro, cinco meses para se começar uma obra.

Elas não vão iniciar assim que a gente sair daqui”, advertiu, reforçando o pedido de paciência. “O ministro Geddel, sabe o que está passando”, contou.

Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, é o responsável pela transposição do rio São Francisco, projeto que mesmo depois de iniciado, continua enfrentando resistências.

A cerimônia no Centro de Convenções já foi concluída. À tarde, o presidente Lula segue para Salvador, onde também anunciará a liberação de recursos do PAC.

Antes disso, pode ser que o presidente almoce no Palácio das Princesas com o governador Eduardo Campos.

Tudo depende da agenda.