O secretário das Cidades, Humberto Costa (PT), e a deputada estadual Tereza Leitão (PT) reagiram, ontem, às declarações do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) sobre a greve dos professores da rede pública.
Na última segunda-feira, o peemedebista afirmou que “servidor público, quando faz greve, é para ficar palitando os dentes em casa”.
Os petistas avaliaram que Jarbas foi “desrespeitoso” e “irresponsável”.
A afirmação do senador sobre os servidores foi no sentido de apoiar a decisão do governo Eduardo Campos, que está questionando na Justiça a legalidade da greve na educação.
Os petistas, no entanto, não viram solidariedade no gesto, e fizeram questão de diferenciar o tratamento dado aos funcionários nas duas gestões.
Para Humberto, Jarbas tem uma “visão deformada” sobre o servidor. “Foi uma colocação até debochada, desrespeitosa, como costuma ser Jarbas Vasconcelos.
Dizer que os servidores ficam palitando os dentes…
Talvez ele esteja fazendo isso em Brasília”, alfinetou Humberto, em entrevista à Rádio Folha Segundo ele, seria “incoerente” o ex-governador não apoiar a decisão do atual governo em relação à greve, já que teriam se esgotado as chances de negociação. “Só quando não havia mais como caminhar na negociação é que o governo recorreu à Justiça.
Já o ex-governador Jarbas Vasconcelos jamais teve diálogo com qualquer categoria.
Se agora ele quisesse criticar a posição do governador, seria uma manifestação incoerente”, disse.
Para ele, os grevistas têm direito de reivindicar, mas precisam “enxergar os limites do governo”.
Já Teresa, ex-presidente do Sintepe, avaliou que a declaração do senador foi uma “ofensa” aos professores e “não condiz com a posição que ele ocupa”. “Eu diria que ele é que passou oito anos no governo palitando os dentes, sem dar atenção às políticas de valorização dos servidores.
E muito desta greve agora se deve a isso.” A parlamentar criticou a gestão passada pelo congelamento do plano de cargos e a demora na realização de concursos, que não teriam suprido as necessidades. “Jarbas está perdendo a majestade do cargo.
Primeiro disse que o Congresso fede, agora fala dos professores de forma irresponsável.
Ele deveria se dar ao respeito”, disparou.