Site do Psol Depois do recesso parlamentar, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) entrará com nova representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Nessa nova representação, o partido pedirá que seja investigado se Renan teria beneficiado a Schincariol depois que a cervejaria comprou uma fábrica do irmão dele, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), em Murici, Alagoas.

Em outra representação do PSOL, Renan está sendo investigado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que apura denúncias de que o presidente do Senado estaria tendo despesas pessoais pagas pelo funcionário de uma empreiteira.

O Partido apresentou ao Conselho de Ética pedido de aditamento à representação para verificação da quebra de decoro parlamentar por parte do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O PSOL, autor da representação inicial, queria incluir no processo a investigação das denúncias de que o senador Renan teria atuado para beneficiar a cervejaria Schincariol.

O presidente do conselho, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), não acatou o requerimento.

De acordo com Heloísa Helena, “se o presidente do conselho optou pelo não-acatamento do aditamento, entraremos com uma nova representação” - informou, acrescentando que a nova representação já está pronta.

A bancada do PSOL, Senador José Nery(PA), Deputada Luciana Genro(RS), Deputado Ivan Valente(SP) e Deputado Chico Alencar(RJ), apresentou ao Conselho de Ética os quesitos a serem formulados à Polícia Federal para a orientação da perícia nos documentos apresentados por Renan Calheiros em sua defesa.

O partido apresenta questionamentos referentes à autenticidade da compra e venda de gado que teria sido efetuada pelo senador e que, segundo sua defesa, seria fonte dos recursos utilizados no pagamento da pensão à filha que teve com a jornalista Mônica Veloso.

Paira sobre Renan a suspeita de que teria utilizado recursos da empreiteira Mendes Júnior para efetuar esses pagamentos.

Também há questões relativas à movimentação bancária do senador.

O PSOL quer saber, por exemplo, se há transações das contas de Renan correspondentes aos valores e ao período em que a jornalista foi beneficiada.

O partido sugere ainda que o conselho realize oitivas com Mônica Veloso, Zuleido Veras (dono da Gautama, empresa envolvida em irregularidades em licitações e com quem o senador Renan supostamente teria ligações), Everaldo França, assessor do senador, e representantes das empresas de Alagoas que teriam adquirido as reses das fazendas de Renan.

Em relação ao suplente do ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), Gim Argello (PTB-DF), Heloísa Helena afirmou que o PSOL aguarda sua posse para protocolar também contra ele uma representação por quebra de decoro parlamentar.

Gim Argello é suspeito de participação no desvio de recursos do Banco de Brasília (BRB), grilagem de terras públicas no Distrito Federal, crime financeiro contra a União e não explicação da movimentação financeira de mais e R$ 1 milhão, entre outras denúncias.

Seu nome aparece nas investigações da Operação Aquarela, da Polícia Federal, que culminou na renúncia do titular.