Em suas andanças por todo o Estado nos dois meses que permaneceu à frente da diretoria geral de Operações (DGO) da PM, o coronel Luiz Meira conseguiu contornar o sentimento de insatisfação da tropa que poderia resultar em uma nova greve dos policiais militares.
Foi o que ele próprio disse à jornalista Graça Araújo em sua entrevista na manhã desta quarta (11).
O coronel estava convencendo os policiais de que os resultados de um trabalho duro de combate à violência acabariam sendo reconhecidos pelo comando da PM e pelo governo com uma negociação salarial.
As promoções de oficias de sua confiança, inclusive majores que ele indicou para o comando de batalhões no Estado, também serviriam, na sua opinião, como valorização dos profissionais e compensação aos baixos salários.
Mas a demora do governo em sinalizar com uma data para começar a discussão salarial e as promoções que não saíram, deixaram o coronel decepcionado.
Na entrevista que concedeu a Graça Araújo, Meira também reclamou de ingerências do Estado Maior da PM na sua diretoria.
Segundo ele, 11 pessoas foram designadas para a DGO sem a sua autorização.
E todas ele devolveu.
A proposta de se reestrutura a DGO, defendida pelo comando da PM, foi a gota d´água.
Meira teria de dividir o poder sobre a área operacional da Polícia Militar em Pernambuco.