O coronel Luiz Meira rompeu o silêncio na manhã desta quarta (11) e apontou o chefe do Estado Maior da Polícia Militar, coronel Romero Paiva, como principal responsável por sua saída da Diretoria Geral de Operações da PM (DGO).

A briga de egos foi antecipada ainda nesta terça-feira pelo Blog de Jamildo.

Releia aqui.

Nesta quarta-feira, Meira conversou com a jornalista Graça Araújo, da TV e Rádio Jornal, na casa de um amigo em Aldeia.

Mas preferiu não gravar a entrevista.

Para Meira, o coronel Romero Paiva é um dos articuladores da mudança estrutural que dividiria o seu comando à frente da DGO.

Como informou o secretário de Defesa Social, Romero Meneses, em entrevista coletiva na noite de ontem (terça, 10), estuda-se a divisão da Diretoria em duas: uma para a capital/ região metropolitana e outra para o interior.

Além disso, seriam criados cargos de adjuntos a serem ocupados também por coronéis.

Meira disse a Graça Araújo que não faz sentido ter um adjunto com a mesma patente.

Atualmente, quem faz esse papel na Diretoria é o tenente coronel eduardo Jorge Fonseca.

ITURBSON Na última sexta-feira (6), Meira teria se reunido com o comandante geral da PM, coronel Iturbson dos Santos, quando conheceu a proposdta definitiva para a divisão da DGO.

No final de semana, reunido com alguns oficiais de sua confiança, ele elaborou duas contra-propostas de restruturação da Diretoria, que foram apresentadas ao comandante na noite da última segunda (9).

Mas como o coronel Iturbson teria batido o martelo defendendo a proposta original, Meira foi para casa e tomou a decisão de entregar o cargo, no dia seguinte, pegando de surpresa a tropa, o governo e o comando da segurança pública no Estado.

Na verdade, a divisão da DGO teria sido a gota d´água para sua saída.

Ele também criticou, na entrevista com Graça Araújo, os critérios de promoção de oficiais na PM.

E chegou a insinuar que teria havido manipulação por parte do chefe do Estado Maior Romero Paiva em alguns casos.

Meira condenou, ainda, a demora do governo em sinalizar ao menos uma data para iniciar a discussão salarial dos policiais. “A impressão que tive na entrevista com o coronel é a de que ele ficou profundamente decepcionado com a falta de reconhecimento a seu trabalho”, contou Graça Araújo.

Daqui a pouco, mais detalhes sobre a entrevista.