Em nota oficial, divulgada de Brasília, depois de assinar o Programa de Ajuste Fiscal (PAF), o governador Eduardo Campos citou expressamente que usará parte da sobra de caixa do novo ajuste fiscal para dar aumento aos servidores. “A folga financeira obtida será fundamental para permitir ao estado conceder as contrapartidas nos grandes projetos estruturadores em implantação no estado e ainda oferecer alguma compensação aos servidores públicos, que sofrem há alguns anos com a falta de aumentos salariais”, informa trecho do documento.
Como aliado, Eduardo não pode deixar de levantar a bola de Lula. “O governo do presidente Lula entende que Pernambuco, assim como os outros estados, precisa de recursos para atender as demandas de sua população e oferecer serviços públicos de qualidade.
E nós ficamos gratos com esta compreensão”, afirmou o governador.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, na mesma nota, informa que refez o PAF para que Pernambuco tenha sua margem de investimentos ampliada.
Firmado entre a União e o governo de Pernambuco, o acordo reduz de R$ 599 milhões para R$ 410 milhões o superávit primário do estado. “Foi uma negociação muito favorável e o apoio do presidente Lula um fator decisivo”, disse o governador Eduardo Campos, lembrando que a redução do resultado primário é progressiva, com metas menores - R$ 314 milhões e R$ 309 milhões - para 2008 e 2009.