Nos bastidores da PM, a outra causa para o pedido de aposentadoria do coronel Meira é a briga de egos no comando da Segurança.

O secretário de Defesa Social, Romero Meneses, teria ficado chateado com a publicação da última leva da Lei Detefon, que manda para casa uma série de oficiais com mais de 30 anos de serviços e seis anos no cargo.

A lista teria que passar por Romero, mas não passou.

Levou um banho.

Só que a oxigenação foi articulada não por Meira, mas pelo chefe do Estado Maior, coronel Romero Paiva, superior de Meira na hierarquia.

Paiva chegou a ser convidado para assumir a PM, mas recuou, por ser muito jovem.

Não deixa de ser uma grande ironia.

Meira teve a coragem de dar início à oxigenação da PM e cair por conta dela mesma, no jogo de interesses das promoções.

O atrito ganhou mais força quando o próprio Meira reclamou que a oxigenação não estava ocorrendo no Corpo de Bombeiros, onde existem oficiais que se encaixam na legislação e, misterioramente, não recebem sua descarga de Detefon.