Ibama dá licença prévia para hidrelétricas Do G1, em Brasília O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) concedeu nesta segunda-feira (9) a licença prévia para as duas hidrelétricas que formam o Complexo do Rio Madeira.

O Ibama estabeleceu 33 condicionantes aos dois empreendedores para que o processo de licenciamento seja finalizado.

O presidente do Ibama, Bazileu Alves Margarido Neto, dará uma entrevista para explicar os termos da licença.

Além da licença prévia, para que a usina comece a funcionar são necessárias outras duas licenças, a de instalação (para iniciar as obras) e a de operação (para iniciar o funcionamento).

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Ibama.

As duas usinas, consideradas fundamentais para evitar um novo racionamento energético a partir da segunda década do século, vão gerar juntas 6.450 megawatts (MW), dos quais 3.150 da usina Santo Antônio e 3.300 pela usina de Jirau.

Cada hidrelétrica terá 44 turbinas.

Todo o projeto, que será construído em parceria entre Furnas Centrais Elétricas e a empreiteira Odebrecht, está avaliado em R$ 20 bilhões e é um dos principais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Segundo expectativa do governo, o leilão pode ocorrer ainda este ano do empreendimento.

Pelo projeto, serão a inundados 529 quilômetros quadrado (271 por Santo Antônio e 258 por Jirau).

A primeira usina está localizada a 10 quilômetros da capital Porto Velho, enquanto a segunda está a 130 quilômetros.

O processo para chegar até a licença prévia do Complexo do Madeira foi marcado por uma disputa interna no governo entre as ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Dilma Rousseff (Casa Civil).

Dilma pressinava o Meio Ambiente para agilizar o processo, enquanto Marina defendia um procedimento detalhado para evitar arestas ambientais no projeto.

Outras usinas Recentemente, o governo assinou os contratos de concessão das usinas hidrelétricas de Mauá, no Paraná, e Dardanelos, no Mato Grosso.

As duas usinas (Mauá e Dardanelos) terão, quando concluídas, uma capacidade total de geração de 622 Megawatts (MW).

Elas foram leiloadas em outubro de 2006 e devem entrar em operação em 2011 com um custo de R$ 1,4 bilhão.