O novo secretário de Finanças de Jaboatão dos Guararapes, Edson Matos, tem o direito de falar o que quiser.
Só não posso concordar com as críticas genéricas que faz ao trabalho da imprensa.
No seu entendimento, como Jaboatão tem 13 pré-candidatos, qualquer coisa que aconteça nesse município, mesmo que seja corriqueira, vai se transformar em manchate mesmo.
E se puderem colocar uma pimentazinha nesse tempero vão colocar.
Por sua lógica canhestra, a imprensa seria caudatária de interesses políticos, com o objetivo de transformar tudo num caos. “Eles tomam uma dimensão maior do que têm.
Em qualquer outro lugar, seriam fatos corriqueiros de uma administração que seriam resolvidos da melhor forma.
Nós não.
Temos que enfrentar 13 pré-candidatos e que não são qualquer um: são parlamentares, comunicadores, pessoas que têm alcance na mídia e que podem deturpar alguns fatos”.
Não posso responder pelos outros, mas pelo Blog eu posso garantir: a cobertura sobre Jaboatão, com todas das limitações que temos, é a mais isenta possível.
As pautas são definidas pela defesa do interesse público e não pelo interesse político.
Posso até mudar de opinião, se o novo secretário conseguir convencer-me de que a entrega de R$ 1 milhão a uma das filhas do prefeito, pagas pela estatal dirigida por outra filha, na surdina, burlando até a boa fé da Justiça do Trabalho, é um fato corriqueiro que tomou uma dimensão maior para transformar tudo em caos.
Se for assim, até a Globo, que repercutiu a denúncia do Blog de Jamildo, depois corroborada pelo Ministério Público, faz parte desta suja conspiração política.
Tenha paciência.
Pelo que consta, não foi nenhum dos 13 pré-candidatos que assinou nenhum dos papéis do escândalo administrativo.
Na verdade, Jaboatão tem é sorte de contar com a benevolência não apenas da mídia em geral, mas do Judiciário e do Ministério Público do Estado.