Assim que Gim Argello, eleito pelo PTB, tomar posse no Senado, o juiz Roberval Belinati enviará ao Supremo Tribunal Federal (STF) a documentação e as informações referentes a Argello apuradas durante as investigações da Operação Aquarela.
A informação foi prestada nesta sexta-feira (6) pelo corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), durante entrevista à imprensa.
Argello é primeiro suplente de Joaquim Roriz, que renunciou na quarta-feira (4) após o Senado decidir investigar denúncias contra ele, também levantadas durante a Operação Aquarela.
O novo senador deve tomar posse já na próxima semana.
O juiz Roberval Belinati, da 1ª Vara Criminal do Distrito Federal, é o responsável pelo processo resultante da Operação Aquarela, que investiga um esquema de desvio de recursos do Banco de Brasília (BRB). - Ele [Belinati] disse que há comprometimento sério [de Argello].
E que, se a Corregedoria do Senado abrir qualquer procedimento investigatório, encaminhará esses documentos para a Casa - declarou Tuma, que havia se reunido com o juiz na manhã desta sexta-feira.
O corregedor também solicitou ao juiz o restante dos documentos levantados nas investigações sobre o ex-senador Joaquim Roriz, que exercia o mandato pelo PMDB do Distrito Federal. - Fui agradecer a documentação que Belinati já havia me enviado e também solicitei o restante dos papéis - disse Tuma, acrescentando que seu objetivo é completar o dossiê sobre Roriz, “a fim de deixá-lo no Conselho de Ética (e Decoro Parlamentar) para o futuro, caso sejam necessárias algumas informações”.
Durante as investigações da Operação Aquarela, a Polícia Civil do Distrito Federal gravou um conversa telefônica entre Roriz e o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklin Moura, na qual eles tratam da partilha de R$ 2,2 milhões provenientes de um cheque depositado na conta do empresário Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol Linhas Aéreas.
Tarcísio Franklin de Moura foi preso durante essa investigação.