Os repórteres de Economia ficaram algo atônitos com o acordo supresa com a Caixa Econômica, nesta sexta-feira.

No começo desta semana, o procurador geral do Estado, Tadeu Alencar, dava entrevista ao JC afirmando que não havia prazo para encerras as negociações. É que tudo mudou justamente na manhã de quinta-feira, quando as coisa ficaram mais claras em Brasília e o Estado convocou no final da noite uma coletiva para o dia seguinte.

Do começo, para que todos entendam: Até recentemente, havia a impossibilidade de contratação de operação de crédito externo e interno pelo Estado de Pernambuco, já que o Estado deveria providenciar sua adimplência junto às instituições financeiras e a regularidade perante órgãos/entidades arrecadadores e CADIN de TODA a Administração Estadual, a partir de 1º/05/2007.

A exigência fazia parte e estava disposta na Resolução/SF nº 40/2006.

Isto dificultaria uma negociação para pôr a termo o rolo da Caixa com a Compesa e, ato contínuo, todos os financiamentos pretendidos pelo Governo de Pernambuco.

Só que esta semana o Senado Federal, pela quarta vez consecutiva, adiou a pressão imposta aos pretensos tomadores de empréstimo.

Com a publicação da Resolução/SF nº 6, de 4/06/2007, DOU de 5/06/2007.

Sem alarde, em maio ao escândalo ético do Renangate, o Senado estendeu a exigência plena a partir de 1º/01/2008.

Eduardo Campos e a Caixa ganharam mais tempo.

Como todos os estados encalacrados.

A inicitiva salvou temporariamente nosso Estado de regularizar uma série de pendências, para fins de prosseguimento de pleitos desta natureza, sem prejuízo de “limpar” as negativações daquelas entidades (principalmente sociedades de economia mista e empresas públicas) que, isoladamente, requeiram a autorização senatorial.

Inexplicavelmente até ontem a resolução não havia incluída na base de dados do Senado Federal, via PRODASEN, para consulta pelo público externo.

Deve ser só burocracia.