Estado e CEF acabam briga e chegam a acordo sobre as ações da Compesa Site do Governo do Estado Acabou-se a “novela” que já durava oito anos.

Nesta sexta-feira, 06 de julho, o governador EduardoCampos e a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, decidiram que após o fechamento do balanço de junho da Compesa, irão à justiça para pedir que os 29,98% das ações da estatal que estão em poder do banco federal sejam colocados sob custódia.

Isso significa que Pernambuco poderá voltar a receber em breve financiamentos do banco federal para obras de melhoria urbana. “Essa decisão é muito importante para Pernambuco e para a Caixa na medida em que ela vai poder operar normalmente todas as linhas de financiamento e parcerias com o Estado, sobretudo no ambiente do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), no que diz respeito às verbas não carimbadas.

Todos sabem que a Caixa é um agente financiador estratégico no que diz respeito às áreas de saneamento, habitação e infra-estrutura urbana”, comemorou o governador Eduardo Campos que agradeceu à diretoria do banco e ao presidente Lula, dizendo que a saída encontrada é fruto da capacidade de diálogo das partes envolvidas. “Hoje é um muito dia especial para nós”.

Entre as obras previstas no PAC que poderão ser financiadas pela CEF estão a recuperação da Lagoa do Náutico, a urbanização de Jardim Fragoso, o binário da Presidente Kennedy, e os corredores exclusivos para ônibus das avenidas Domingos Ferreira e Abdias de Carvalho, entre outras.

A soma dessas obras chega a R$ 133 milhões.

Por não ferir os direitos de nem do Estado nem da CEF, o governador acredita que não deverá ter problemas para firmar o acordo também na Justiça: “A garantia que nós damos é de que tudo será readquirido até 2010, no máximo.

Poderemos recomprar todo o percentual ou apenas uma parte, já que outras instituições, a exemplo do BNDES, podem adquirir parte das ações”.

A Caixa detém quase um terço das ações da companhia de saneamento de Pernambuco desde 1999 quando o então governador Jarbas Vasconcelos ofereceu cerca de 30% das ações da Compesa como parte de uma operação, que tinha como objetivo final a privatização da estatal.

Na oportunidade, o banco adquiriu ações da Companhia, como garantia de um adiantamento dos recursos, que seriam gerados com a venda.

Os entendimentos entre Eduardo e Maria Fernanda Coelho, presidente da CEF, começaram ainda no ano passado.

Logo depois de assumir, o governador fez seu primeiro acordo com o banco, suspendendo por 60 dias as ações judiciais que rolavam na justiça.

Nesta tarde, além do governador e da presidente da CEF, estiveram presentes os secretários João Bosco de Almeida (Recursos Hídricos), Humberto Costa (Cidades), o Superintendente de Risco Corporativo da Caixa, Paulo Henrique Costa e outros representantes do banco.