Da CNI Brasília - A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manteve estável na mais recente rodada da pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta sexta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
A percepção de que o governo é ótimo ou bom variou dentro da margem de erro, tendo passado de 49% na rodada de abril para 50% na presente pesquisa.
O percentual de eleitores que julgam o governo regular ficou estável, tendo repetido os 33% do levantamento anterior, assim como o de ruim ou péssimo, que repetiu os 16% de respostas (1% dos eleitores não respondeu).
O saldo positivo (diferença entre ótimo e bom e as respostas ruim e péssimo) subiu de 33 pontos percentuais para 34.
A pesquisa foi levada a campo entre os dias 28 de junho e 1º de julho, em 140 municípios de todo o país.
Foram entrevistados 2.002 eleitores acima de 16 anos.
A margem de erro da pesquisa é de 2% para cima ou para baixo, e o grau de confiança é de 95%.
Na rodada passada identificou-se uma estabilidade entre os números de abril de 2007 e os de setembro de 2006, enquanto houve um salto nas avaliações em dezembro de 2006.
Segundo a avaliação da CNI e da MCI Estratégia, com os resultados da rodada atual “fica confirmada a hipótese de acomodação das expectativas e a suposição de que em dezembro passado as avaliações positivas estavam infladas pela campanha eleitoral e pelo expressivo resultado obtido nas urnas pelo presidente Lula”.
Na ocasião, 57% dos eleitores avaliaram o governo como ótimo ou bom.
Os números atuais praticamente repetem os de setembro do ano passado e os da rodada anterior, em abril, revelando um quadro de estabilidade nas percepções dos brasileiros acerca do presidente Lula e de seu governo, segundo os técnicos da CNI e da MCI Estratégia.
Nessa pesquisa, dois fatores chamam a atenção e podem ter contribuído, com efeitos opostos, para a estabilidade dos resultados. “O primeiro é um crescimento expressivo da percepção negativa do noticiário sobre o governo e o presidente.
O outro é a melhora da avaliação sobre a economia”, afirma o diretor de Relações Institucionais da CNI, Marco Antonio Guarita.
Observados esses movimentos, o conjunto do governo e a imagem do presidente não sofreram, até o momento, a influência de acontecimentos como a crise aérea e o noticiário sobre o irmão do presidente Lula, diz a pesquisa.
A maior aprovação ao presidente está entre os homens: 54% de ótimo e bom, ante 46% entre as mulheres.
O maior índice de aprovação foi entre os eleitores de 40 a 49 anos, 53% de ótimo e bom, e entre os que têm até a quarta série do ensino fundamental, 58% de ótimo e bom.
A pior avaliação foi entre os eleitores que têm ensino superior ou mais, com apenas 35% de bom ou ótimo e 44% de ruim ou péssimo.
A avaliação do governo é melhor na região Nordeste, onde ficou com 61% de ótimo e bom.
A região mais crítica ao governo é a Sul, onde a administração Lula teve 36% de ótimo e bom e o maior percentual de ruim ou péssimo, 38%.
A aprovação à maneira de governar do presidente Lula também subiu dentro da margem de erro e se manteve em patamar elevado.
O índice de respostas de aprovação subiu de 65% para 66% entre as pesquisas de abril e de julho.
A desaprovação também variou dentro da margem de erro, de 29% para 30%.
O índice de aprovação é maior entre os homens, com 71% de bom ou ótimo, entre eleitores de 40 a 49 anos, com 67% de bom ou ótimo.
A nota média do governo Lula repetiu em julho o mesmo valor da pesquisa de abril, 6,7 pontos, numa escala de zero a 10.
A melhor nota recebida pelo governo fora na pesquisa de dezembro do ano passado, quando fora de 7 pontos.A confiança no presidente Lula se manteve alta, com um saldo de 26 pontos percentuais positivos.
Dos eleitores entrevistados, 61% disseram confiar no presidente, ante 35% que disseram não confiar.
Na comparação entre o primeiro e o segundo mandatos de Lula, a pesquisa CNI/Ibope de julho mostra uma elevação do índice de respostas que apontam para melhora entre um termo e outro.
No levantamento anterior, 30% dos eleitores julgavam o segundo mandato melhor do que o primeiro; neste levantamento, o índice subiu para 37%.
Para 41% dos eleitores, os mandatos são iguais, ante 49% dos eleitores que responderam a pesquisa anterior.
O número de eleitores que acreditam que o segundo mandato está pior do que o primeiro cresceu de 17% na pesquisa de abril para 20% na divulgada hoje.