Após terem sido removidos do local onde haviam acampado há mais de uma semana, os manifestantes contrários às obras de transposição do Rio São Francisco se instalaram em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que fica a cerca de dois quilômetros da sede de Cabrobó (PE).
Eles marcharam por 13 quilômetros até o local, carregando bandeiras de movimentos sociais e uma faixa com os dizeres: “Não à transposição.
Conviver com o semi-árido é a solução”.
Na quarta-feira, a Polícia Federal chegou ao acampamento para cumprir ação de reintegração de posse determinada pela Justiça Federal na última sexta-feira (29).
A ação foi pacífica e teve o acompanhamento de policiais militares, da Polícia Rodoviária Federal e do Exército.
Os manifestantes se reúnem na quinta-feira em assembléia para definir os rumos da manifestação.
Segundo a assessoria de imprensa do movimento, já foi decidida a permanência na região e a continuidade de ações.
O grupo avalia de forma positiva o resultado da ocupação e afirma que possíveis ações a serem desencadeadas também terão o objetivo de barrar as obras do projeto de transposição até que ele seja arquivado definitivamente.
Desde o dia 26, manifestantes de diversos movimentos sociais estão em Cabrobó para tentar impedir a continuidade das obras de transposição do Rio São Francisco.
Um dia antes, o 2º Batalhão de Construção e Engenharia do Exército começou as obras de destacamento e de topografia para a transposição no município.