A deputada Terezinha Nunes cobrou do Governo do Estado “uma maior firmeza junto ao Governo Federal para resolver a situação das ações da Compesa, compradas pela Caixa Econômica Federal”.
Ela disse que o governador Eduardo “é um aliado do presidente Lula e tem o apoio dos partidos da base do Governo, mas isso não está sendo suficiente para que o estado seja atendido no que pretende”. “Todo mundo sabe que a Caixa adquiriu ações da Compesa no Governo Fernando Henrique e que no Governo Lula, não se sabe porque, voltou atrás na sua decisão e, não só forçou como ainda força o Estado a abrir mão do contrato com ela feito e assumir um empréstimo no mesmo valor, como está conseguindo evitar que seja dada outra solução para o caso”.
Ela explicou que a Caixa “tem agido de forma ditatorial, submetendo a todos, inclusive o presidente Lula, aos seus caprichos.
Ainda no Governo Jarbas o presidente Lula deu por resolvida a questão por diversas vezes e voltou atrás”.
Segundo Terezinha “o maior exemplo de que a Caixa está espalhando seus tentáculos sobre todos os órgãos federais para impedir uma solução para a questão, inclusive com a anuência do Palácio do Planalto, como está ficando claro, se deu recentemente quando o BNDES quis assumir as ações da Compesa e acabou fazendo uma avaliação da empresa extremamente danosa à própria imagem da companhia.
O BNDES fez uma desfaçatez.
Avaliou a Compesa em R$ 300 milhões quando a empresa não está endividada, tem um faturamento anual de cerca de R$ 600 milhões e um valor patrimonial calculado em R$ 1 bilhão”. “É preciso que o governador aja com altivez na defesa dos interesses pernambucanos fazendo valer o que disse na campanha: que iria ter um tratamento diferenciado por ser aliado do Presidente Lula.
O governador também afirmou, logo depois da posse, que, em quinze dias, haveria uma solução sobre as ações da Compesa.
Já se passaram seis meses e nada.
Aliás também ficou no nada a decisão da Aneel, uma agência do Governo Federal, de continuar o convênio com a Arpe, uma agência do Governo Estadual, no que se refere à fiscalização da Celpe, embora o Presidente Lula e o Governador tenham ingerência sobre as duas entidades”.
Para a deputada “é preciso saber o que está havendo.
Até porque se o governador decidir transformar o valor das ações em empréstimo vai prejudicar todos os pernambucanos e contrariar a própria Procuradoria do Estado que, em defesa dos interesses estaduais, ajuizou ação para obrigar a Caixa a assumir suas obrigações, honrando o contrato que assinou”.