A família da adolescente Amanda Beatriz Silva de Oliveira, assassinada em janeiro deste ano num apartamento no bairro da Boa Vista, demonstra que não se conforma com os rumos que estão tomando as investigações dos acusados Geison Duarte da Silva e Thiago Tavares de Alencar.

Nesta quinta-feira, em mais uma audiência, uma tia da vítima, Maria das Graças de Souza, ficou bastante exaltada quando encontrou Geison. “Monstro, miserável, tarado”, esbravejou.

Maria das Graças disse que, para a família, o crime foi premeditado. “Eles levaram bola, fita adesiva, já tinham planejado tudo”, argumentou.

A mãe de Amanda, Maria José da Silva, não compareceu à audiência porque o seu marido, José Ivanildo de Oliveira, passou por uma cirurgia e teve alta hoje, mas em entrevista por telefone, revelou que a família está desestruturada. “Não sei se choro de revolta, de raiva.

Em uma das audiências, o advogado de Thiago, Gilberto Marques, riu na minha frente.

Eu disse a ele que quem ri por último, ri melhor.

Como é que alguém ainda tem coragem de defender dois monstros desses?”, questionou.

Maria José afirmou que, para ela, não há um mais culpado que o outro. “Querem dizer que Thiago foi vítima.

Se ele não matou, foi cúmplice e deve pagar também.

Vítima foi a minha filha.

Só Deus sabe o que sofro quando imagino o sofrimento dela.

Amanda chamava muita atenção em casa, era muito alegre.

Ela faz muita falta”, disse a mãe, questionando a justiça. “A gente não tem mais justiça.

Isso é só para quem tem dinheiro.

Meu advogado é Deus, só confio nele”, desabafou.

Os dois acusados estão detidos no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, desde o dia 23 de janeiro aguardando julgamento.

Confira matéria sobre o caso amanhã, no caderno de Cidades do Jornal do Commercio.

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