Agência Brasil O Conselho de Ética do Senado decidiu seguir duas linhas de investigação no processo contra o presidente da casa, Renan Calheiros (PMDB-DF).

O presidente do colegiado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), explicou que uma das linhas será analisar a avaliação patrimonial de Renan entre 2002 e 2006 e as obras da construtora da Mendes Júnior que foram realizadas com dinheiro público no mesmo período.

O conselho também deve fazer uma análise do trabalho de perícia da Polícia Federal feito nos documentos apresentados pelo presidente do Senado. “Em um segundo momento conselho facultará ao representado oportunidade de se manifestar”, disse Quintanilha.

Hoje, a comissão criada para analisar o processo contra Renan se reuniu com o presidente do Conselho de Ética.

Depois, os senadores seguiram para a Polícia Federal.

Estiveram com Quintanilha os senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS).

O senador Almeida Lima (PMDB-SE), terceiro integrante da comissão, não esteve na reunião por problemas de saúde e foi representado por assessores.

Sobre visita à Polícia Federal, Casagrande disse que os parlamentares querem debater quais os procedimentos necessários para conclusão da perícia e o tempo necessário para concluir os trabalhos.

Para ele, a presença de Renan ou as respostas enviadas por ele serão importantes e poderão esclarecer algumas dúvidas, mas o fundamental é a documentação junto à Polícia Federal e aos órgãos internos do Senado. “O fundamental em um processo de investigação é a prova documental – a perícia da Polícia Federal e as investigações internas que vamos fazer é que serão importantes no processo de investigação”, afirmou Casagrande.

Renan Calheiros está sendo investigado no Conselho de Ética por conta de denúncias de que teria despesas pessoas pagas por um funcionário da construtora Mendes Júnior.