Agência Brasil Um dos principais defensores do projeto de transposição do Rio São Francisco anunciou que está deixando a função de coordenador da proposta dentro do Ministério da Integração Nacional.

Rômulo de Macedo, que foi um dos interlocutores com os manifestantes em Cabrobó (PE), confirmou a sua saída.

Ele diz que ficou sabendo da mudança pelo Diário Oficial da União e afirma que será substituído pelo atual secretário de Infra-Estrutura Hídrica, João Reis Santana Filho.

A assessoria de imprensa do ministério diz que há um processo de reformulação sendo estudado no órgão e garante que Macedo não será excluído da pasta.

Rômulo Macedo afirma que a decisão foi motivada pelo desejo do ministro Geddel Vieira Lima de colocar uma pessoa “mais próxima” a ele no comando do projeto. “Não é que o ministro não tinha confiança em mim, mas eu não sou do time dele”, argumenta.

Macedo acredita que o seu afastamento poderá atrapalhar o andamento do projeto de transposição do Rio São Francisco. “Eu estou há 16 anos nesse projeto, conheço todos os parafusos dele.

Provavelmente, a pessoa que assumir vai ficar meses estudando o projeto”, afirma.

A assessoria de imprensa do Ministério explica que pode haver mudanças administrativas na pasta, mas não confirma a demissão de Macedo, que poderá assumir um departamento de projetos especiais ligado à Secretaria de Infra-Estrutura Hídrica.

Rômulo Macedo, que não é funcionário de carreira, diz que não foi convidado para assumir nenhum outro cargo no ministério.

O Diário Oficial da União da última quinta-feira (28) traz uma portaria que determina que o Projeto de Integração do Rio São Francisco passará a ser coordenado pelo Departamento de Projetos Estratégicos da Secretaria de Infra-Estrutura Hídrica.

Determina também que a coordenação do projeto deve ser exercida pelo secretário de Infra-Estrutura Hídrica, João Reis Santana Filho.

PS: Macedo é natural do Rio Grande do Norte e ligado ao PMDB de lá.

O novo ministro. baiano, também é do PMDB, mas vem aproximando-se do carlismo na política local baiana.

ACM nunca aprovou a transposição e Ciro Gomes chega a atribuir-lhe sua derrota eleitoral para a presidência, por defender a obra para o Nordeste, antes de virar ministro de Lula e começar a tocar o empreendimento.

PS: Foi Rômulo Macedo também que escreveu os editais da concorrência bilionária.